21/12/10

Relato de um homem casado:

Quando completei 25 anos de casado, introspectivo, olhei para a minha
mulher e disse:
− Querida, há 25 anos nós tínhamos um carocha, um apartamento caindo aos pedaços, dormíamos num sofá-cama e víamos televisão a preto e branco num ecrã de 14 polegadas. Mas, todas as noites, eu dormia com uma mulher de 25 anos. Agora nós temos uma mansão, dois Mercedes, uma cama super King Size e uma TV plasma de 50 polegadas, mas eu durmo com uma senhora de 50 anos. Parece-me que és a única que não está evoluindo.
A minha mulher, que é uma mulher muito sensata, disse-me então, sem sequer levantar os olhos do que estava fazendo:
− Sem problemas. Sai de casa e encontra uma mulher de 25 anos de idade que queira ficar contigo. E se isso acontecer, com o maior prazer eu farei com que tu, novamente, consigas viver num apartamento caindo aos pedaços, dormindo num sofá-cama e conduzindo um carocha.
Sabem que fiquei curado da minha crise de meia-idade? Estas mulheres maduras são realmente o máximo! E para completar ainda lhe perguntei:
− Querida, responde-me, mas onde está agora aquela mulher linda e sexy com quem eu me casei?
A mulher respondeu, sem levantar os olhos do que estava fazendo:
− Querido, comeste-a! Olha bem para o tamanho da tua barriga!

18/12/10

Natal nos tempos de hoje...

Ora porque já estamos em época natalícia, aqui fica um vídeo com história do Natal nos tempos que correm... "Os tempos mudam... o sentimento continua o mesmo"

14/12/10

Cerveja e a tua idade



Adivinho a tua idade pela cerveja!!!

Mesmo para quem não aprecia cerveja, vale a pena fazer o cálculo.

A Matemática é fascinante! Abstrata, porém, lógica!!!

Não digas a tua idade, EU vou dizer! Vou decifrar a tua idade pela MATEMÁTICA DA CERVEJA!

Não aldrabes! É rápido!

1. Primeiro: escolhe o número de vezes em que gostarias de beber cerveja na semana (mais do que 1 menos que 10).

2. Multiplica o número por 2 (apenas para ser ousado).

3. Adiciona 5.

4. Multiplica por 50 (vou esperar enquanto pegas na calculadora ou abres o excel).

5. Se já tiveres feito aniversário este ano soma 1760. Se não tiveres feito, soma 1759.

6. Agora subtrai os quatro dígitos do ano em que nasceste.

Deves ter agora um número com três dígitos:

- O primeiro dígito corresponde ao número de vezes que escolheste para beber cerveja na semana!

- E os próximos dois números são A TUA IDADE!!!

Depois pagas uma fresquinha pelo meu talento e fica tudo certo :)

ESTE É O ÚNICO ANO QUE ISSO VAI FUNCIONAR (2010) ENTÃO DIVULGA ENQUANTO PODES.

08/12/10

Tempo

"Mais vale perder tempo com os amigos, do que perder amigos com o tempo"

01/12/10

Podia ser uma definição...


Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo... Isto é carência!
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... Isto é saudade!
Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos... Isto é equilíbrio!
Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente... Isto é um princípio da natureza!
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado... Isto é circunstância!
Solidão é muito mais do que isto...
Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma.

De uma entrevista do Chico Buarque

15/11/10

Milhares de Tarrafais

A insegurança e a criminalidade são temas muito do apreço dos que vivem do medo. Não que sejam irrelevantes. Eles limitam o bem mais precioso para qualquer sociedade que se queira decente – a liberdade – e são sintomas da desigualdade. Mas, quase sempre, aqueles que as têm como prioridades do debate político usam-na para nos oferecer como cura a própria doença: limitar ainda mais a nossa liberdade e promover, através do estigma, a desigualdade. Não é por isso de espantar que a criminalidade que não sirva esta agenda raramente esteja na ordem do dia.

Exemplo: a violência doméstica, que tem as mulheres como vítima quase exclusivas. Passa-se dentro de portas, não parece perturbar o quotidiano dos que não a experimentam e destrói essa cândida ideia que temos de nós de próprios enquanto sociedade moderna e evoluída. Este ano já tirou a vida a trinta mulheres. E estes são apenas os casos limite. Os espancamentos, as limitações violentas à liberdade individual, as humilhações que destroem até aos ossos a auto-estima de tantos seres humanos são banais. Fazem parte de um quotidiano que olhos e ouvidos de tantos decidem ignorar. Porque entre marido e mulher não se mete a colher.

Escondida entre quatro paredes, a violência doméstica deixa a vítima na mais completa e angustiante solidão. Muitas vezes corroída pela culpa, numa sociedade que ainda aceita com naturalidade que alguém pode ser propriedade de alguém. Que infantiliza as mulheres, tratando-a como um mero adereço. Que as trata como palradoras compulsivas, fadas do lar ou meninas mimadas viciadas em compras, que cada classe social trata dos seus próprios estereótipos. Que convive bem com a figura da “primeira-dama”, uma espécie de penacho de um Chefe de Estado. Que pergunta a uma mulher como concilia a vida familiar com a vida profissional mas nunca se lembra de fazer a mesma pergunta a um homem. Que trata a infidelidade masculina como sinal de virilidade e a infidelidade feminina como sinal de promiscuidade. Que paga, em média, mais aos homens do que às mulheres pelo mesmo trabalho. Que, tendo mais mulheres a sair das faculdades, não as deixa chegar aos lugares de topo, porque homem que é homem não aceita ordens de mulher. Que vê a função de “doméstica” com uma estranha naturalidade e a de “doméstico” como uma bizarria.

Uma mulher que me ensinou desde o meu nascimento muito do que sei fez-me saber sempre uma verdade fria: só é realmente independente e livre quem pode garantir o seu próprio sustento. Quando se pode fechar a porta sem olhar para trás. Por isso, podemos mudar muitas leis (e, ao tornar a violência doméstica num crime público, deixámos claro que, como comunidade, não aceitamos ficar em silêncio), mas nada conseguiremos enquanto as mulheres não conquistarem a igualdade como profissionais, trabalhadoras e cidadãs.

Só aí a violência doméstica deixará de ser uma questão de género. Só aí, milhares de homens demasiado inseguros para amar uma igual deixarão de conseguir transformar as suas casas em campos de concentração. Só aí conseguiremos punir estes selvagens como merecem. Só aí passarão a ser olhados com asco pelos seus vizinhos, amigos e familiares. Só aí ficarão sós até meterem nas suas fracas cabeças que ninguém pertence a ninguém. Só quando for maior vergonha ser um agressor do que ser “corno”, “banana” ou apenas civilizado, é que estriparemos do nosso quotidiano este crime que confunde amor com tortura. Só aí faremos justiça às trinta mulheres assassinadas em 2010 pelos seus companheiros, maridos ou namorados. No século XXI. Num país europeu.

Publicado no Expresso Online