20/04/10

Que estranha forma de vida...

Começo por dizer... "é diferente..."

Estou há 2 meses e meio a viver em Lisboa, mudei-me para cá por motivos profissionais. E qual é o balanço que posso fazer de todo este tempo?

Ainda não posso dizer que já me adaptei à vida de cá, que não tenho saudades do passado e que sei bem o que quero do futuro… mas no geral, deste presente, posso dizer que estou a gostar. Ainda estou numa fase de descoberta, ainda me perco pelas ruas e ainda mal vi os meus amigos que cá trabalham também. Mas…

… Há uma coisa que me faz muita confusão, que me deixa triste todos os dias. E todos os dias tento combater isso. A independência ou indiferença das pessoas… é estranho... é diferente… não sei explicar!

Chego a casa e a única coisa que me espera é jantar, falar um pouco por telemóvel com a família, aceder à internet e ver as minhas coisas pessoais, falar um pouco no msn com um amigo ou outro (chegando mesmo a ser chata porque é mesmo a única forma de falar com alguém) e… dormir, porque amanhã é dia de trabalho. Se morasse sozinha talvez não tivesse dado conta disto, mas moro com mais pessoas em casa e mal os vejo, chego a estar 1 semana sem os ver… lol, que estranha forma de vida!

Não tem nada muito a ver com o post (embora também ande perdido)… mas aqui fica o poema de Amália Rodrigues “Estranha forma de vida”


Foi por vontade de Deus
Que eu vivo nesta ansiedade
Que todos os ais são meus

Que toda minha a saudade
Foi por vontade de Deus

Que estranha forma de vida
Tem este meu coração
Vive de vida perdida
Quem lhe daria o condão
Que estranha forma de vida

Coração independente
Coração que não comando
Vives perdido entre a gente
Teimosamente sangrando
Coração independente

Eu não te acompanho mais
Para deixa de bater
Se não sabes onde vais
Porque teimas em correr
Eu não te acompanho mais


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